segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A vida é bela!

Em três fins-de-semana seguidos, o S. apanhou 3 viroses. Duas otites e uma laringite. E como à terceira é mesmo de vez, o M. não resistiu a tanta virose e também levou com uma otite para a colecção. Três fins-de-semana sem praticamente poder sair de casa e fazer programas é dose. Mas nem tudo é mau. Deu para organizar a casa, arrumar a roupa de Verão e trazer a roupa de Inverno para os roupeiros, actualizar fotografias, cozinhar com calma, mimar a nossa família e o nosso ninho. Ah, e deu para muitas sessões de cinema em casa.  Uma delas, mais uma vez, deu-me uma verdadeira lição de vida. Quem já viu (e reviu) o filme AVida é Bela? Para mim, dos melhores filmes dos últimos tempos. Demonstra bem até onde é que um Pai/Mãe são capazes de ir pelo bem-estar do filho. Num cenário de terror que é um campo de concentração, aquele Pai conseguiu transmitir ao filho  uma imensa segurança e serenidade para, juntos, conseguirem ultrapassar um período negro como aquele que viveram. No meio da barbaridade a que estavam a assistir, aquele Pai conseguiu, com um toque quase absurdo de boa-disposição e optimismo, transportar o imaginário do filho para um jogo encantado, mesmo com vilões à mistura. É absolutamente genial a maneira como a vida é encarada nesse filme. E dá-nos, sem dúvida, uma lição de vida para a nossa.
Muitas vezes queixamo-nos de pequenas coisas que no dia seguinte já nada significam, mas que nos tiraram momentos que podiam ter sido bons. Porque (quase) nada pode ser pior do que viver num campo de concentração, que tal começarmos a transportar essa ideia para a vida real?
Se, a meio da noite, temos de ir às urgências como o nosso filho, e se ele tem medo, começamos a fazer daquilo uma história, um jogo, um campeonato. Com pontos (como no filme) e tudo. Se os nossos filhos se portarem bem, levam x pontos. No fim, se conseguirem alcançar os pontos todos, damos-lhes algo que já andam a pedir há muito. Não precisa de ser material. Pode ser uma simples ida ao cinema, ao parque, um simples passeio de bicicleta. Precisa é de ser algo que o nosso filho queira muito, para depois se sentir realizado com o prémio, tal como o pequeno maravilhoso Josué, quando viu o tanque a chegar ao campo de concentração. Uma autêntica inspiração, que arrepia e emociona até os mais resistentes ao grande (neste caso pequeno) écran.
Pois bem, o S. andava há muito a pedir mais peças de Legos para as suas magníficas construções. Como se portou lindamente nestes 3 últimos fins-de-semana, conseguiu alcançar os pontos que eram precisos para o seu prémio final, bem merecido. E ficou tão, mas tão feliz, que compensa toda a preocupação de Mãe quando um baby está doente. Até o M., que também merece, ficou radiante:

 
Eis o resultado final!

Tudo na vida tem um senão, temos é que saber encontrar momentos felizes e reconfortantes, dentro desse senão. Porque a vida é mesmo bela.



P.S. E por falar em Legos, e por falar em fim-de-semana e em programas, tivemos imensa pena de não termos conseguido ir à antestreia de uma peça sem igual. Mas a distância e as otites impediram-nos de por lá passar. Por isso, Mães de Lisboa que me estejam a ler, não percam uma peça deliciosa criada em parceria pela LEGO e pela Plano 6, que vai entrar em cena no Teatro Tivoli BBVA a partir do próximo dia 19 de Outubro e por lá vai ficar até 1 de Fevereiro.
A "Quando for grande...Quero ser:" fala-nos da importância de gostarmos da profissão que escolhemos (so true), explicada às crianças e com Legos à mistura. O resultado só pode ser extraordinário. Obrigada pelo convite!
Agora vamos rezar para que a peça nos venha visitar à Invicta! Os boys, que são Legoaddicted, vão A-M-A-R!

 

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