Ando há dias, semanas até, para vos escrever acerca dos Açores, esse lugar arrebatador. Talvez porque não estava à espera que fosse tão avassalador. Talvez tivesse sido por isso que me perdi de amor(es).
Já pensei várias vezes em diferentes maneiras de vos contar esta nossa experiência inqualificável. Foram apenas 4 dias. 4. Mas que valeram por 40. Por 400. Por 4000 dias com histórias para contar.
Decidi partilhar um post por dia, talvez o mais marcante. Lá está, talvez por me ter apanhado de supresa, este lugar carregado de uma beleza inimaginável.
A primeira parte do primeiro dia foi reservada para uma praia de sonho. Foi um Inverno duro e longo, por isso estávamos sedentos de areia, água salgada, brisa de mar. A praia dos moinhos é, nem mais nem menos, uma das praias mais bonitas em que já estive em toda a minha vida. Uma beleza invulgar tinha esta praia, este lugar. Agora é que eu percebi o verdadeiro significado da cor verde-água. Aquela, era uma água diferente, quente, e num verde-água escuro, lá está. A areia era quase negra, vulcânica, linda. Engane-se quem pensa que as praias dos Açores são todas feitas de calhaus e pedras pretas. A areia era mais fina que farinha, e por ser negra, por ser tão negra (pelo menos muito mais do que a do continente!), mais parecia que estávamos num spa natural. Espero não morrer sem voltar a esta praia. E quem me dera ainda estar por lá!
Saídos de um paraíso, entrámos noutro. As Furnas. A primeira impressão que tive foi de cima, bem lá de cima. Fiquei sem ar! Como é que é possível a Natureza ser tão generosa, mesmo quando o Homem por vezes a trata tão mal? O nosso primeiro passeio a pé foi feito aí mesmo. A nossa primeira experiência a 4 nestas andanças. Os miúdos portaram-se tão bem que até nos comoveram. Sim. Comove-nos saber que estão a gostar do caminho para onde os Pais os gostam de levar. O contacto com a Natureza, com a beleza em estado bruto. Habemus miúdos cheios de coragem e destreza.
A meio da paisagem, um baloiço improvável, que mais parecia saído de uma fábula de encantar. Por lá estivemos a planar, como se entrássemos dentro da história. Como se fossemos as personagens principais da nossa memória.
Caminhos feitos de bambu a acabar no lago. Igrejas abandonadas, que mais parecem assombradas por espíritos bons, tranquilos. Casas em cima da água-chão, cheias de vida, de amor, de paixão. Cavalos selvagens, atalhos improvisados pelas margens. Pessoas que se cruzam connosco e que partilham bons feelings, levando com elas também boas energias, pois bem...do que mais precisamos para ser felizes?
Um primeiro dia que logo, logo, nos arrebatou. E nem sabíamos o que mais nos esperava. Nem sonhávamos tudo aquilo que nos aguardava!
Até amanhã, Maisenas! Porque às vezes basta pegar nas mochilas e partir!
Cucu! ahahaha! É lindo esse caminho, com as tais igrejas abandonadas... que bom recordar, tal como vcs também nós os dois com os nossos 2 rapazes! Sabes Francisca, também achei que eles se portaram super bem, nem me lembro de birras! E nas furnas... o cheiro... com o tempo até nem era assim tão mau!! pior eram as baratas ali a passear, côrror!!! Fico a aguardar mais fotos maravilhosas! bjs.Susana
ResponderEliminarVou querer um mapa e roteiro dessa viagem! Há muitos anos que planeio visitar os Açores e nunca fui. Quem sabe agora com as crianças e com as suas dicas, se não é desta! :)
ResponderEliminarAcho muito bem! Beijinhos às duas
ResponderEliminarJá lá fui duas vezes... mas é sem dúvida uma maravilha na terra que temos que visitar mais vezes! :) confesso que agora prioridade seriam outras ilhas, porque ainda p'ra mais acho que são todas lindas!!
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