quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

120 dias

Posso dizer que estes últimos 120 dias foram os mais longos, mais duros, mais cansativos, mas mais completos e felizes dias da minha vida. Posso dizer, com toda a certeza, que vale a pena ser Mãe de 3. Mas também posso dizer, com tamanha destreza, que não é para todos. Porque as noites mal dormidas, as birras seguidas, as chupetas a dobrar, e o facto de estar há 6 anos seguidos a mudar fraldas sem parar, não ajudam à sanidade mental de um ser humano. Há limites que são levados ao extremo, e metas que não chegam a ser cumpridas. Sinto que não controlo os meus actos, as minhas decisões, ou até as minhas frágeis emoções. Dou por mim tão depressa a rir sem nenhum dilema, como a chorar como uma Madalena. Mas acima de tudo, sinto-me grata. Tão grata pela confusão e pela desarrumação (de casa, da cabeça...), como por este Amor tão puro, tão são.
Às vezes só me apetece gritar e tudo largar, mas de repente...o Zé Maria solta a primeira gargalhada, o Sebastião vai buscar a chupeta do mano quando este não para de chorar (portando-se à altura de um verdadeiro irmão), e o Manel enrosca-se a mim como se não me fosse mais largar. E isto, Maisenas, isto é que conta. Por isto é que aqui estamos. Com isto é que queremos viver até não mais poder.
Que estes 120 dias sejam os primeiros do resto das nossas vidas, meus queridos amores pequeninos (se soubessem o quanto fazem esta Mãe feliz!!!) E por hoje é isto: porque ainda que sejam horas de dormir, é preciso escrever para não esquecer.
 



 

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