Quando marcámos a viagem para o Pico pensámos, receosos, que nada podia chegar aos calcanhares de S. Miguel. Nada podia ser tão arrebatadoramente comovente. Nada nos podia encher as medidas e o coração, como aquela ilha de sonho. Embarcámos com essa (quase) certeza, mas logo, logo, soubemos o quanto enganados estávamos. O Pico disse-nos olá do alto do seu cume, bem acima das montanhas, ainda não tínhamos aterrado na sua terra quente e, ao mesmo tempo, arrepiante.
O que vos posso dizer daquela ilha? As cores. Água azul cinza, onde apetece mergulhar. Areia fina e negra. Mais negra do que o mais potente dos vulcões. Montes inteiros em verde esmeralda. De uma imensidão indescritível. E depois aqueles lagos cor de espelho. Aquela terra em tons de chocolate. Aquele céu transparente, com milhões e milhões de estrelas de uma luz tão brilhante que até comove.
Mais uma vez nos questionamos: Como é que demorámos mais de 30 anos a vir até aqui? Como é que já fomos ao outro lado do mundo, e quase que perdíamos esta relíquia? Paisagens inolvidáveis a perder de vista. Vacas felizes em cada canto, em cada pastagem. Estradas que mais parecem jardins, com 1001 flores de todas as formas e cores, que quase se atravessavam para nos brindar. Pessoas verdadeiras. Pessoas sinceras. Pessoas generosas, bem a condizer com a ilha que as acolhe.
Que fotos espetaculares! Que família linda! E a mochila para andar com o mais novo, delirei! Que show!
ResponderEliminarOh obrigada!! Um grande beijinho!
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