sábado, 6 de agosto de 2016

Slow-Motion

Seguimos carreirinhos de formigas voadoras, descobrimos sardaniscas sem rabo, procuramos gambuzinos brilhantes, corremos atrás dos doidos dos garnizés. Comemos pêssegos maduros das árvores, tirámos ovos das galinhas chocas, andamos todo o dia descalços. Deslumbramo-nos com tanques cor de espelho. Regamos ramos de muguet, alfaces, tomates e feijão verde. Passamos horas dentro de água, de molho, ao som do calor. Fugimos às rotinas, aos horários, ao stress. Só não fugimos às horas à mesa, em torno da boa cozinha portuguesa. Foram assim os nossos dias de (pré) férias, em que o pôr-do-sol se põe atrás das montanhas, e onde a sombra da figueira se confunde com a da videira. Não houve água salgada, nem areia molhada, mas houve muito ar puro (daquele bem límpido e fresco, que põe a pele macia), tardes passadas no baloiço, e um tempo em slow-motion que nos soube pela vida! E tudo, graças a uma bisavó que tem mais genica do que a própria neta! How lucky am I?



 
 
 

Que dias assim se repitam por muitos e longos anos!

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