terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dance like no one´s watching!

Quem é que, como eu, trabalha 8 horas por dia? Quem é que, como eu, ainda tem que gerir a casa, e organizar a rotina dos filhos? Quem é que, como eu, gostaria de ter mais tempo para si? Quem é que, como eu, sente que a noite devia ter mais 5 horas para descansarmos e regarmos o casamento? Milhares de mulheres, milhões delas, tenho a certeza.
Todos os dias me deito com a sensação de que ficou alguma coisa por fazer. Todos os dias saio de casa de manhã com a impressão de que ficou algo por arrumar. E todos os dias chego a casa e sei que ficou algum assunto por tratar. E no meio de tudo isto, há-que ter tempo para brincar.
Há alguma solução milagrosa para esta falta de tempo? Não, não há. Mas há 1001 maneiras de contornarmos este problema. O truque é: Não levarmos a vida muito a sério. Arranjar todas as desculpas possíveis para uma boa gargalhada, uma brincadeira improvisada, uma asneira controlada. Se passamos tempo demais no carro com os miúdos, de um lado para o outro, então porque é que não cantamos com eles, porque é que não gesticulamos e dançamos, porque é que não assobiamos? E já que hoje é o dia internacional da música, porque não fazer uma performance inteira (desde que não ponha em perigo a segurança na estrada, claro!)
A hora dos banhos também não precisa de ser monótona, rotineira e cansativa. Podemos encher a banheira de bonecada (aqui sim, gosto de bonecada) e todos os dias contar uma história diferente. Seja ela de sereias encantadas, de piratas com olho de vidro, de golfinhos de rio e de cavalinhos do mar, em todos os banhos podemos inventar. E já agora, encher a banheira de espuma e fazer castelos no ar.
Podemos também fazer jogos cheios de adrenalina infantil. Quem se portar melhor na hora de vestir ganha um chi-coração pendurado, umas cociguinhas no pé, ou uma cambalhota de desenho animado. Quem não fizer birra para pôr o pijama pode ver mais 5 minutos de Little Einsteins. Tudo pode ser uma partida, uma brincadeira. A hora de vestir também não precisa de dar em asneira.
O jantar pode ser dado devagar. Ao som de uma história de encantar. Cada garfada pode ser em honra de uma pessoa, programa ou brinquedo de que gostem muito. Cada garfada pode ser saboreada, ao segundo. É claro que há sempre birras, orgulhos feridos e teimosias pegadas. Mas nem tudo tem de ser feito às cabeçadas.
Há dias fáceis, outros mais difíceis, mas se levarmos a vida demasiadamente a sério, não aproveitamos estes pequenos grandes momentos, que mais tarde vamos recordar, com uma saudade de assombrar.
Façam as contas: 8 horas a trabalhar (sempre mais), 8 horas a dormir (sempre menos) e 8 horas a  divertir (antes fosse!). Se pegarmos nas 8 horas para a suposta diversão, deduzimos o tempo que nos estamos a vestir e o tempo que demoramos quando de casa queremos sair. Já para não falar das burocracias domésticas, de chorar a rir (ou de rir para não chorar...) Quanto tempo sobra para brincarmos com os nossos filhos? Pouco ou nenhum. Por isso, Maisenas, toca a investir nos breves momentos que nos fazem sorrir, ainda que seja numa correria de fugir.
E como hoje é o dia internacional da música, porque não fazermos uma flash mob lá em casa? Podem entrar os Pais, Avós, Tios ou Padrinhos. O que interessa é que tenha música e que seja original. O que interessa é que seja uma noite musical!
 
Enjoy!
 
 

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