quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Como entreter miúdos graúdos que só querem estar em cima do mano bebé

Pois é, tanto quis que os meus filhos gostassem do mano, que agora não querem outra coisa. Às vezes há lutas quase em forma de wrestling para ver quem é que pega primeiro no bebé. Beijinhos, abracinhos (às vezes abrações), rodopios em forma de trambolhões...tudo para chegar, ver e vencer o Zé Maria. Com o Manel é só mel. Adora o Zé Maria e vibra com ele todo o dia. Foi o primeiro a assistir com a Mãe à primeira gargalhada do bebé (que, por sinal, foi ontem!), simplesmente porque está sempre no seu pé. O Titão é mais brincalhão. Não o agarra, nem o esgana como o Manel, mas também adora uns bons apertões, cheios de amores e paixões. É mais por dias, sim. Mas também vibra com o seu mano benjamim.
Muitas vezes tenho de arranjar uns programas diferentes e umas brincadeiras parvas para os distrair, porque senão para cima do mano estão sempre a ir...e agora que se aproxima o frio e a chuva e que os passeios vão ser mais em casa...é que vão ser elas (ou eles!)
(Têm sido uns dias em cheio. Cansativos, muitos cansativos. Mas com momentos compensadores.  Tão compensadores que me recarregam a alma e o coração depois de um dia não. E é a isso que me agarro cada vez que me apetece resvalar. Quando o tempo parece que não chega. Quando nos sentimos a desabar. Há quem diga que os Pais são o tecto dos filhos. Pois a mim parece-me o contrário. Os Pais são a âncora dos filhos, sem dúvida, mas o tecto são eles. São os nossos filhos que completam a nossa casa, o nosso ninho, o nosso cantinho. Já não imagino a minha vida sem os meus principezinhos, estes pequenos grandes amores da minha vida!)
 Para entreter os mais velhos, nada como brinquedos/jogos/livros educativos. E hoje vou falar-vos de uma história de encantar no verdadeiro sentido da palavra. O livro infantil com que todos sonhamos, em que a personagem principal são mesmo os nossos filhos! Não acreditam? Então vejam só:








 
 A Lostmyname é o presente perfeito que andamos todos à procura. Sejamos nós Pais, tios, amigos, primos...Porque podemos fazer vozes engraçadas, encarnar personagens fantásticos, imaginar cenários do outro mundo...viajar até uma história mágica. Não há um dia que os meus filhos não me peçam para ler o livro preferido de todos os tempos...o único senão é mesmo que tenho de ler duas histórias! E daqui a uns tempos vão ser 3! Que maravilha!
Entrem no site e boa viagem Maisenas! Numa história de magos com poderes, fadas dançantes e  elefantes falantes vão adorar entrar!
 (E a melhor notícia é que logo, logo o Maisena vai fazer um giveway para o Natal....estejam atentos....shiuuuuuu...)
 

sábado, 21 de novembro de 2015

Em boa hora

Em boa hora recebi um convite da Laranjinha e da Vida Norte que muito me honrou. Em boa hora aceitei com o maior dos gostos! Quando soube desta iniciativa, nem pensei duas vezes...quando uma marca destas se junta a uma associação assim, ambas com cunho do Norte, ambas cheia de garra e de determinação, o resultado só pode sair do coração, quais pozinhos de pirlimpimpim!
Pois é! A partir de hoje e até ao dia 29 de Novembro, 10% de todas as vendas Laranjinha reverterão a favor da associação Vida Norte, um porto seguro de todas as Mães e grávidas que encaram a maternidade sob aquela típica perspectiva cor-de-rosa, mas também sob um lado mais negro: o lado da falta de estrutura familiar, da carência de afecto, de mimo, de AMOR, e sobretudo da falta de condições financeiras...
E se muitas vezes nós próprias nos sentimos mais debilitadas física e psicologicamente, o que farão estas Mães, com todas estas dificuldades? Foi precisamente esta pergunta que fiz a mim própria, quando me pus a pensar...como é que eu, com 3 filhos, a trabalhar, me ia aguentar? Se não fosse a minha família, o meu mundo iria desabar...
Por isso Maisenas, façam como eu, não vamos hesitar! Ao comprarem na Laranjinha nos próximos dias, famílias carenciadas estão a ajudar! Para que em boa hora todas as Mães possam ter uma boa hora...



A minha frase de sempre, que espelha na perfeição tudo aquilo que sinto ;)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Três

Bem sei que tenho andado mais desaparecida, mas acreditem que não é por preguiça, por desinteresse ou por falta de ideias. É mesmo por falta de tempo e por falta de sono. Todos os dias surgem-me mil e um projectos na cabeça, mas daí a irem para o papel... Gostava tanto de levar o blog mais a sério, fazer disto o meu império! Na verdade, uma Mãe de 3 filhos com um emprego e meio não consegue fazer tudo. E se por vezes alguma coisa tem que ficar para trás, é o blog e essa imensa vontade que tenho de escrever o que me vai na alma. De vos dar um bocadinho daquilo que se passa na minha cabeça, tudo o que estou a viver. Escrever para não esquecer. Partilhar para mais tarde recordar.
Estão a acontecer tantas coisas ao mesmo tempo que muitas vezes nem consigo assimilar. O Zé Maria está um verdadeiro pintainho, cada vez mais careca e gordinho. Já vibra com os manos e dá gritinhos de alegria cada vez que recebe aqueles beijinhos, todo o santo dia. Ainda me dá noites de terror, é certo... mas quando acorda ri-se tanto, tanto... que é só AMOR. O Manel de repente virou homenzinho, muito "fote" como ele tantas vezes gosta de dizer, não sei se é de ter entrado para o colégio, se é por sentir que já não é bebé. Ainda não largou a maldita pepé, mas já tem aquele olhar de "gajo malandro", que gosta de mandar charme para cima de tudo e de todos. É o guarda-costas, o anjo da guarda, o super-homem desta família. Protege-nos contra tudo e contra todos, e não tem medo de NADA (a não ser de largar a pepé...) À maneira dele, consegue (quase) sempre aquilo que quer. Tenho a certeza que vai derreter o coração de qualquer mulher. O Sebastião é o miúdo mais sensível que já conheci. Perfeccionista como ninguém, é bonzinho como não há quem. Muitas vezes tanta humildade até o prejudica, mas enche-me de orgulho saber que este meu querido filho sabe bem o que é que ajudar o próximo significa. Sai-se com expressões de adultos que não lembram a ninguém. É a nossa mão na consciência, a nossa cabeça e o nosso coração. É um miúdo excepcional, este nosso Sebastião.
Confesso que nunca me imaginei ser Mãe de 3 rapazes. Nunca! Na minha cabeça sempre viria a rapariga, mais cedo ou mais tarde. Sempre gostei de nenucos, enchia-os de laços, de golas, de folhos...Mas agora que cheguei à conta que Deus fez, sinto-me imensamente feliz rodeada destes meus 3 mosqueteiros, que vão proteger, ser amigos, cúmplices e companheiros desta Mãe para toda a eternidade, disso não tenho quaisquer dúvidas. Afinal, esta foi a família com que sempre sonhei.
E dúvidas também não tenho, relembrando hoje 3 anos que uma pessoa muito especial nos deixou, que o facto de ser Mãe de 3 é um legado da minha querida Avó. E logo desta Avó, como Mãe de 3 rapazes que também era. Filhos estes que nunca, mas nunca a abandonaram, e que estiveram consigo até ao último segundo da sua vida...


Os meus pequenos grandes amores!
 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Vida dupla

É assim que me sinto, desde que (re)comecei a trabalhar. Acordo em modo Mãe/dona de casa, e ainda tenho pelo menos 2 horas pela frente antes de me tornar Mulher/trabalhadora. Este mix de feelings, este stress com horários, esta dupla obrigação, sem podermos desligar de nenhuma, são duros. Muito duros. Por vezes temos a impressão que não conseguimos fazer nada bem, e em que tudo corre ao contrário do que prevíamos. Duche de água fria, uma multa de estacionamento por dia, longo serão nas urgências... Outros dias há em que nos sentimos esplêndidas, ora porque as calças que já não vestíamos há um ano voltaram a servir, ora porque conseguimos sair de casa a horas, ora mesmo porque não houve birras, nem choros, nem trânsito, sem socorros.
Esta vida dupla dá cabo de mim. Nesta primeira fase, os dias parecem não ter fim. As noites...essas...mais vale não falar. Porque as noites mal dormidas já fazem parte das minhas rotinas. Mas quando chego a casa, tudo parece que compensa. Um bebé de se comer, redondo, redondinho e muito risonho, que já me faz uma festa daquelas quando ouve a minha voz. Dois miúdos de sonho, com os feitios à maneira de cada um, mas meiguinhos com a Mãe como mais nenhum. Uma família (im)perfeitamente perfeita que me faz feliz, que me completa.
Muitas são as vezes em que ouço:
- "O ZM tem 3 meses e já estás a trabalhar?? Coitada...não sei como aguentas..."
- "Ai se fosse eu não conseguia..."
Pois mas as pessoas nem sempre podem escolher. Com os meus dois outros filhos também foi assim. Também tive de deixar logo parte de mim. E sabem uma coisa? Cresceram saudáveis, cheios de amor, mimo, bolachas-maria coladas com manteiga e chá com mel. Com uma Avó que também sabe educar, ralhar, ser exigente, mas sobretudo, sabe dar colo quando é preciso, mesmo enchendo-os de juízo. Se me custa deixá-los tão pequenos? É claro que custa! Custa tanto que até dói... Mas o truque é não pensar, e gozar todos os minutos, em vez de me estar sempre a queixar. Porque cada segundo conta. Seja no carro, na hora do banho, na rotina dos jantares ou até ao deitar. Lá em casa não há tempo desperdiçado. Tudo é aproveitado. E da melhor forma possível.
Porque felizes não são aqueles que têm tudo, mas sim aqueles que sabem dar valor a tudo o que têm...e eu tenho tanto! Tanto!