sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Fairy Tales

Adoro a ideia das histórias de encantar, dos contos de fadas, dos livros ao deitar. Adoro o ritual da leitura, da hora do conto, do faz de conta. Adoro a teatralidade que imprimo nas minhas histórias de pasmar. Quando era pequenina, o meu Pai contava-me sempre a história do ovo estrelado que ia a descer a Avenida da Boavista. Era a minha história preferida, a do Sr. Ovo Estrelado que gostaria de ser uma omolete. Os meus filhos vão no mesmo caminho. Quanto mais bizarra a história, melhor. Quanto mais esquisita, mais é o interesse e o entusiasmo por aquilo que vem a seguir. Tenho sempre dois pares de olhos de azeitonas a olhar para mim, muito atentos, com todas as histórias que eu invento.
Agora pensem comigo. Não são um pouco tétricas, e talvez até pouco educativas, algumas histórias da carochinha e muitas músicas que fomos ouvindo na nossa infância? Porque é que o lobo mau tinha que comer o capuchinho vermelho? Não bastava querer comer-lhe o almoço, o lanche ou whatever?? Porque é que a bruxa má queria engordar os irmãos Hanzel e Gretel para depois comer os pobres gordinhos? Não bastava querer apenas ser sua Mãe?? Porque é que o Sebastião come tudo, tudo, tudo com a colher, depois dá pancada na mulher? Não podia antes dar-lhe muitos beijinhos? Porque é que a madrasta má da Branca de Neve queria arrancar-lhe o coração? Não podia apenas mandá-la para o estrangeiro?? Porque é que se tenta matar o gato-to-to com um pau (ainda bem que ele não morreu!)? Não bastava apenas afugentá-lo?? O S. está na idade dos porquês, e por isso se lhe contasse todos os dias estas histórias, teria que lhe dizer que a madrasta má da Branca de Neve tinha inveja da beleza da sua enteada, que o Sebastião come-tudo-tudo-tudo não passa de um pobre coitado que usa a violência doméstica, que o lobo mau quer comer o capuchinho vermelho porque é carnívoro, e por aí em diante. A magia dos contos de fadas ficaria por aí...
Por isso, prefiro contar as histórias inventadas por mim, com pozinhos de perlimpimpim e muito teatro à mistura. O único senão é que o S. pede muitas vezes a história do dia anterior e eu já não me lembro muito bem...Mas o que interessa é que haja um momento de descontração, com muito mino, muito amor e muita imaginação!
Experimentem aí em casa, Maisenas! Ponham fantoches à mistura e vão ver que é uma diversão (só não se esqueçam que é suposto eles adormecerem a seguir, por isso nada de os fazer rir!) O que interessa é que sejam fairy tales.
 
De preferência, daqueles bonzinhos, ou então dos inventados por nós!


 
Bom fim-semana, Maisenas! Por aqui, vamos andar a preparar uma inauguração de tarar! Fiquem atentos às novidades no Maisena Mum&Kids Brands!
 

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