quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sono, doce sono!

A saga do sono ainda continua. É um processo complicado, lento, moroso e quase arriscado. Mas tenho tido a ajuda de uma amiga que, com formação na área, me tem dado dicas valiosas acerca do assunto. O truque é: um dia de cada vez. Não se pode mudar o mundo num só dia. O mesmo se passa com os nossos filhos, e com as suas taras e manias. Todos os dias, um passo (pequenino). A verdade é que a hora de ir deitar está mais soft, mais calma e mais regrada. A partir da hora de jantar fala-se baixinho, quase em surdina. Não há desenhos animados nem brincadeiras mais que tal. Há um livro, uma luz de presença, e cantorias de embalar. Ainda há choros e desaforos. Apertos de coração até mais não. Tenho de o deixar a chorar, quer queira quer não. Mas fico ali, bem juntinho à porta, a contar minuciosamente os minutos até poder ir de novo acalmá-lo. Para quem está a passar pelo mesmo problema que eu, eis as dicas que tenho seguido, e que têm ajudado a nossa família numa hora que passou a ser um pesadelo...parece um cliché, mas acreditem que funciona! A nossa terapia começou na segunda-feira, e o esquema foi feito para esta semana. Ora vejam só:
(Antes de mais, nem todas as crianças são iguais, por isso, se ao fim de algum dia virem que está tudo na mesma, arranjam-se outras soluções, o importante é não desistir).

 1. Todos os dias deve-se manter o mesmo horário. Por exemplo: banho, jantar, lavar os dentes, história e cama.
 2. Quando forem horas de ir para a cama, pegamos nos babies ao colo e começamos a desligar algumas luzes, a fechar a persiana do quarto (para perceberem que já é noite), a dar boa noite ao pai, ao(s) mano(s), ao brinquedo que mais gostam, etc. O que interessa é começar a falar baixinho com os nossos filhos, para eles acalmarem e começarem a agir em modo zen. 3
3. Deitamos o bebé no berço e se quisermos, se ele gostar, lemos UMA história. Mesmo que os babies queiram ouvir mais outra, nunca devemos passar para a segunda. Depois, damos-lhe muitos beijinhos e dizemos "Agora vamos todos dormir. A Mãe está aqui ao lado, não se preocupe". E assim saímos do quarto. Provavelmente o bebé vai chorar. Vamos deixá-lo chorar 10 minutos (Nota: Custa horrores!)
4. Voltamos a entrar ao fim de dez minutos e fazemos o mesmo ritual. Pomos a chupeta, o óó, uma festinha, um miminho e as mesmas palavras. Voltamos a sair. Depois deixamos chorar por mais 9 minutos e voltamos a entrar....depois 8 minutos e assim sucessivamente, até finalmente adormecer.
 5. Se o bebé acordar a meio da noite, vamos lá e, na cama dele, vamos acalmá-lo até adormecer de novo. Nunca o devemos tirar da cama (isto ainda não consegui fazer, confesso!)
 
Temos que nos lembrar que todos os dias há-que fazer o mesmo ritual, nunca devemos vacilar porque no dia seguinte o baby não percebe porque é que um dia é assim e no outro já é diferente (concordo plenamente!)
Pois muito bem, não conheço em profundidade o método Estivil, mas do que conheço nunca fui grande fã. Sou apologista de regras, sim. Mas tudo o que é demais é exagero e não gosto de ditaduras em casa. No entanto, face ao cúmulo do desespero a que todos chegámos, e porque isto não faz bem nem ao M., que não dorme e, por isso, não cresce nem se desenvolve, nem ao S., que apanha por tabela e vai muitas vezes cheio de sono para a escola, nem ao Pai e à Mãe, que não sabem como é que têm forças para se levantar com boa cara! Resolvemos adoptar este esquema que me parece um pouco parecido com o método Estivil (atenção que nunca me debrucei muito sobre esse assunto) e, apesar de me rasgar o coração por ter de deixar o meu filho chorar perdidamente, sei que é para o BEM de todos.
A hora de deitar tem sido um bocadinho melhor, mas ainda há um longo caminho a percorrer, uma vez que o M. continua a acordar a meio da noite cheio de pesadelos e sem conseguir sossegar com uma mera festinha ou miminho na cama. Aí ainda não cheguei, mas hei-de conseguir, porque desistir não é opção, e uma Mãe nunca desiste de trazer felicidade aos seus filhos, que tanto ama de paixão.
 
Ai sono, doce sono!
E por falar em doce, e por falar em sono, e por falar em cosy, em casa, em crianças e em ninho, vejam só esta marca nova de tarar. Tenho a certeza que ainda vai dar muito que falar. Ah, e é do Norte,  pois claro. Mais um exemplo de empreendedorismo que me dá um orgulho enorme em ser nortenha, em ser Mulher, em ser Mãe e em ser Portuguesa. Porque desistir não é opção, aqui vai uma marca falada com o coração. Parabéns meninas! Keep going Little Cloud!

Estou seriamente a pensar comprar uns pijaminhas destes, coisa mais querida!
Pode ser que o M. durma mais embalado!



E quem diz nuvens, diz estrelas, porque a olhar para as estrelas também se dorme melhor! Já viram bem estes pijamas amorosos da DOT? Adoro, adoro, adoro. A DOT dispensa apresentações, mas nem por isso consigo deixar de ir mostrando por aqui as suas colecções!




 
 
 Até amanhã, Maisenas, bons sonhos!
 

1 comentário:

  1. Olá Francisca,

    deixe-me dizer-lhe que passei por uma situação semelhante com a minha filha mais velha.
    E mais tarde, com a minha filha mais nova, verifiquei a mesma tendência para querer a presença da mãe/pai até adormecer.
    Como tal, sei bem o que lhe passa na alma, essa dor.
    Também lhe digo que tive duas abordagens totalmente distintas nos dois casos. Já explico.
    No que descreve identifico o método Estivill, apesar de descrever períodos de espera que vão diminuindo, o que é o inverso em relação ao que o Dr. Estivil aconselha - ele começa com tempos de espera baixos e depois vai aumentando.
    Com a mais velha foi o método Estivill que adotamos lá em casa. Funcionou. Foi horrível ouvi-la chorar? Foi!!! Cortou-nos o coração! Mas funcionou…
    Com a mais nova, quando percebi que havia necessidade de atuar não fui capaz de o repetir. Queria que, acima de tudo, imperasse a lei do apoio e da ajuda. Resignei-me à ideia de permanecer no quarto em silêncio. É uma seca? É! Ocorriam-me mil coisas a fazer naquele tempo que ali passava. Mas eram 15 min. Às vezes mais, sim… Mas sabia que, quando tivesse idade para entender, a convenceria de que adormecer sozinha no quarto é seguro.
    Não critico quem aplica o método (pois se eu mesma o apliquei), e a quem o consegue fazer estando certo de estar a fazer o que é correto - assim é perfeito. Eu estou a dar o meu testemunho por ser uma perspetiva de quem o adotou eficazmente e mais tarde o colocou em causa. Isto é, arrependimento.
    Porquê?
    Levantaram-se-me dúvidas quanto às repercussões que terão num ser sentir-se desesperado – de sono e de saudade, ou insegurança, ou sabemos lá o quê, e sentir-se desamparado, sozinho.
    Tratando-se de idades em que, ao nível cognitivo, as crianças não são capazes de compreender as razões, e por outro lado as emoções são sentidas com muita intensidade, não quero ter mais dúvidas quanto a ter abandonado a minha filha, como tantas vezes senti/sinto lá no fundo do meu coração em relação à mais velha.
    Entenda o meu depoimento com a relatividade que uma opinião alheia merece, e acredite acima de tudo na sua intuição.
    Bons carinhos para todos ;)

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