segunda-feira, 14 de abril de 2014

Fotografia Mental

Chegar a casa com a sensação de ter ido de férias, apesar de ter passado pouco mais de 24 horas, é muito bom sinal. É sinal que desligamos. É sinal que nos afastamos do stress e da correria do dia-a-dia. É sinal que vivemos um dia em pleno, sem pensar no amanhã. É sinal que aproveitamos o dia em família, num ambiente tão cosy que não apetece partir. Sempre que deixo algum sítio de que muito gostei, sinto que deixei um pedacinho de mim, naquelas horas, dias, ou semanas que lá fiquei. E quando sou feliz nalgum lado, gosto de gravar na  minha memória uma história, uma imagem, uma recordação. Gosto de levá-la no meu coração. Foi assim o que o meu Pai me ensinou, faz agora 20 anos. Lembro-me como se fosse hoje, na minha única viagem ao Brasil, e depois de 15 dias de paz, sossego, calor e aconchego numa praia de Maragogi, ter comentado com  o meu Pai, na noite anterior a embarcarmos, que não queria mais sair dali. A resposta que eu tive foi uma lição que levo comigo para a vida. Disse-me o meu querido Pai que não podemos ficar para sempre nos sítios que mais gostamos, por isso, devemos tirar uma fotografia com a nossa memória a uma paisagem, imagem ou até miragem que nos tenha marcado. Devemos mesmo tirar uma fotografia. Click! Depois, guardamos a sete chaves numa gaveta da nossa mente. E quando quisermos reviver bons momentos da nossa vida, vamos lá buscá-la. Não custa nada! A verdade é que tenho algumas boas fotografias guardadas na minha mente. De vez em quando vou lá espreitá-las, sorridente. E aquela minha primeira fotografia, naquela praia do Brasil, numa noite quente, tropical, foi a que mais me marcou, foi a que mais me emocionou, essa fotografia mental. No sábado, em Amarante, o episódio repetiu-se, mas agora, 20 anos depois, quem estava a dar conselhos era eu. O Sebastião disse-me que gostou tanto, tanto, tanto de estar lá, que não queria mais ir embora. Pois bem, juntos, fizemos o mesmo ensaio. Tirámos uma fotografia com a nossa mente à vista que tínhamos do nosso quarto, à ponte e ao rio Tâmega, mais bonitos do que nunca, e à Igreja de S. Gonçalo, misteriosa e imponente. Hoje de manhã, o Sebastião descreveu-me com pormenor todos os recantos da nossa fotografia. É desses retalhos que se faz a felicidade de uma vida. Obrigada Pai, por me ter ensinado esta lição (ainda que possa já nem se lembrar!)
É claro que as fotografias reais, para além das mentais, ajudam, e muito, à capacidade que temos de ser felizes!

Calções curtinhos MS Trendy
In love!

Jardineiras Kiddos
Camisas Cosythings
Chapéus de palha da feira de Cerveira!


 

 

 
O Hotel é maravilhoso. Numa cor quente, mesmo em cima da água gelada do rio, do outro lado da margem da igreja imponente. Os quartos enormes, espaçosos, tão confortáveis que nem apetecia sair de lá. Muitas almofadas grandes e brancas, camas de autênticos reis e rainhas, e uma decoração num estilo vitoriano mesmo a calhar. Sai-se do hotel e já se está a atravessar a ponte (só é pena não ser pedonal!) em direcção à Igreja, ao Museu e ao café histórico da cidade. Percorremos todas as capelinhas, feitos turistas japoneses, franceses, ingleses. Num dia inesquecícel de sol radioso, o calor imprevisível ainda ajudou à festa. Brincadeiras com água nas fontes, gelados de gelo bem fresquinhos, crianças na rua livres e soltas, até ao pôr-do-sol. E a comida? Ai que maravilha. Fomos ao Zé da Calçada, numa noite em que tudo jantava lá fora, ao som dos grilos e do rio calmo e sereno. Saídos de lá e a rua 31 de Janeiro fervilhava de gente, de cor, e de sabor. As floristas ainda estavam abertas, a atender todos os que no dia seguinte queriam surpreender os padrinhos e madrinhas. A Igreja estava a aquecer para um concerto único e inesquecível. Gente de todas as idades e nacionalidades tiravam fotografias na ponte, onde se via a lua a reflectir nas águas do Tâmega.
No dia seguinte, um pequeno-almoço majestoso esperava por nós, na Casa da Calçada. Uma missa de domingo de ramos, repleta de encantos. O cheirinho a ramos de oliveira, inundou a igreja cheia.
Depois, um dos museus mais bonitos que já vi, surpreendeu-nos a todos. Até os miúdos deliraram com algumas das obras de arte que por lá estavam. Vale a pena visitarem a Igreja de S. Gonçalo e o Museu Amadeu Souza Cardoso. Palavra de Maisena.




 
 E isto foi só Amarante em menos de 24 horas. Ainda falta falar-vos sobre a Feira da Flor, feita com todo o amor, pelas pessoas puras que por lá encontrei. Mas fica para um próximo post. Não percam!

P.S. Mas, antes disso, não resisto em mostrar-vos o presente de Domingo de Ramos mais giro e original que já vi, ou que já ouvi falar. É da Menina Bolacha, e absolutamente de tarar! Bolachinhas com a figura dos nossos filhos com respectivas madrinhas, não é um autêntico amor? Foi um sucesso! Ora vejam só:

 





Madrinha e afilhado(s) adoraram!
 
 

4 comentários:

  1. bom dia

    de onde são os chapeus dos seus filhos? são tao bonitos

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    1. Bom dia, os chapéus são um achado da feira de Vila Nova de Cerveira, todos os sábados!

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  2. Ohhhhh, que bom! <3
    Obrigaaaada Francisca!

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  3. A fotografia dos 2 de chapéu está tão querida!!
    beijinhos

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