quarta-feira, 28 de maio de 2014

My little boys

Os meus filhos andam numa fase em que ou são o 8 ou são o 80. Ora se atiram ao chão aos beijinhos, ora se empurram aos encontrões...Bem sei que são dois rapazes, de certo modo seguidos, e que naturalmente os rapazes têm mais queda para as turras e os empurrões. Mas confesso que já começo a ficar saturada. Se são assim ainda bebés, nem quero imaginar quando foram teens!
Mas lá está, há sempre os dois lados da moeda. Ainda hoje assisti ao encontro dos manos à saída da escola do Sebastião. De enternecer qualquer um aquele xi-coração. Parecia que não se viam há anos! Até fiquei emocionada...infelizmente por pouco tempo...Meia hora passada e já ouvi choros e puxões. Já andavam outra vez aos trambolhões. Ora um, ora outro. Não é nenhum melhor nem pior. A culpa é sempre dos dois. Por vezes há um que quer o que o outro quer, por outras parece que nenhum sabe escolher. Sei que passo a vida a separar os dois, e que não são raras as vezes que acabam ambos a chorar. Mas também não são raras as vezes que os dois fazem as pazes sozinhos, com aquela linguagem que é só deles. Não são raras as vezes que o Sebastião desempenha muito bem o seu papel de irmão mais velho, e acaba por lhe dar uma lição, mesmo que tenha de ceder.
Porque isto é que é a vida. A vida é lutar por aquilo que queremos, mesmo que muitas vezes acabemos a chorar. A vida é não desistir perante o primeiro não, é continuar a lutar. É aprender sozinho. Dialogar. Não tenho dúvidas que os meus filhos estão a crescer, aprendendo a viver com estas suas disputas. Porque a união entre os dois fala sempre mais alto. E tenho a certeza que daqui para a frente, quando se virem gregos em obstáculos, não entre eles, mas com estranhos à família e à sua redoma, vão-se agarrar nas vivências e nas aprendizagens das suas "lutas" entre manos para conseguirem ultrapassar todas as barreiras e todos os muros de Berlim da vida. E vão ver um no outro, o seu confidente, o seu trampolim, o seu lado mais forte, mais seguro, mais confiante. E vão sair dali sempre com ar triunfante.

É assim que eu quero ver os meus little boys, companheiros para a vida!
 

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