segunda-feira, 7 de julho de 2014

My lucky number

O sete sempre foi o meu número da sorte. Por isso é que quando soube que o dia 07.07.07 calhava num sábado, não quis saber de outra data para o nosso casamento. Qual data pirosa qual quê! Estava um dia lindo, um sol radioso, mas sem aquele calor abrasador. Demos o nó em Guimarães, na quinta mais bonita que vi até hoje (obrigada Tia M.!), e foi um dia absolutamente perfeito. Nada correu mal, não houve pressas, nem nervosismos (tirando o noivo e o Pai da noiva...) Não houve atrasos, imprevistos nem sobressaltos. Muito graças aos queridos M. e B. do talentoso Parque da Penha, que tornaram o dia do nosso casamento num verdadeiro conto de fadas. Uma missa campal tal como eu sempre sonhei, uma casa antiga que nos encheu as medidas, mesmo em cima do copo de água que foi talvez o mais bonito que já vi ou conheci. Nunca, nos meus sonhos, alguma vez idealizei um dia tão perfeito como este.
Mas, como eu costumo dizer, mais do que um dia de casamento de sonho, o que mais queremos é um casamento de sonho. É claro que com todos os altos e baixos na vida de um casal, mas acima de tudo com muito amor, muita cumplicidade, muita paciência, e uma boa capacidade de cedência, deixando o orgulho de lado que não faz falta a ninguém. Os filhos ajudam à união de uma família como um todo, mas muitas vezes acabam por separar o casal em si. Noites mal dormidas, doenças repentinas, falta de tempo, birras e perrices, asneiras e malandrices. Tudo isto prejudica o Nós da relação. Mas se andarmos felizes e se formos bons aprendizes, é meio caminho andado para a felicidade a dois. Eis as dicas não de uma perita em casamentos, mas de uma pessoa que luta diariamente para fazer mais e melhor. Era suposto serem sete, my lucky number, mas assim de repente, lembrei-me logo de uma dúzia delas:
- Saber lidar com os defeitos do outro, eis o maior segredo e, confesso, talvez seja aquilo que mais me custa. Aceitar a nossa cara-metade tal como ela é. Podemos limar algumas arestas dos seus defeitos (tal como tentamos limar as nossas), é certo, mas uma pessoa nunca muda verdadeiramente, por isso há-que aceitar essas diferenças e passar por cima!
- Ceder perante o outro é outra das grandes virtudes de um casamento. Hoje cedo eu, amanhã cedes tu, e assim sucessivamente. Porque se fossemos todos iguais, a vida não teria graça nenhuma!
- O casamento também é saber dar espaço ao outro, para os seus programas que não podemos acompanhar. E quem sabe, deixá-lo viajar, quando tem um sonho antigo ainda não concretizado.
- Falar em surdina. É claro que ninguém fala assim. Mas se partirmos desse princípio, quando levantamos a voz já ficamos com vergonha, pois um casamento quer-se sem gritos e berros.
- Amar incondicionalmente, ainda que a fase das borboletas na barriga já tenha passado. Porque o Amor também é compreensão, carinho, cumplicidade e capacidade de construir um ninho, seguro, tranquilo, e em paz.
- Saber elogiar, ainda que possamos elogiar coisas, actos, ou opiniões aparentemente sem significado, mas que são muito importantes para o outro. Um cozinhado mais que tal, uma flor trazida do jardim, um comentário que parece não ter fim. Mesmo assim, deve-se sempre elogiar. E muito. Não se paga mais por isso!
- Gostar de nós. Se não gostarmos daquilo que vemos ao espelho e de quem somos perante os outros, como é que a nossa cara-metade poderá gostar?
- Nunca ir dormir chateado. Já disse isto várias vezes, pois a minha Avó não se cansava de repetir. E hoje faz mais sentido do que nunca! Ah, e já agora, nunca saiam de casa com alguma coisa por dizer...!
- Não esquecer que fazer parte de uma família não é só ser Mãe/Pai, mas também Marido/Mulher. Podemos ser as Melhores Mães do Mundo, mas se não fizermos um esforço para ser boas Mulheres, a balança fica muito desequilibrada, podendo a Família inteira ser prejudicada.
- Surpreender o outro. Um pequeno-almoço improvisado, uma sms querida a meio do dia, um jantar às luz das velas, uma noite em que nos transformamos em verdadeiras Cinderelas, tudo é possível!
- Saber comunicar. Tantas discussões que poderiam ser evitadas se ambos se entendessem a falar. Esta é, sem dúvida, a chave para todas as bandeiras brancas atiçadas no meio de uma batalha. Comunicação, comunicação e...comunicação.
- Gostar das mesmas coisas. Não é obrigatório, mas ajuda, e muito, à felicidade de um casamento. Se um gostar de alhos e outro de bugalhos, lá está... algum irá ter de ceder!
O casamento não tem segredos, mas hoje em dia, com a nossa correria, com filhos pequenos, se não seguirmos as dicas de quem fala por experiência própria e de quem está próximo de nós, será muito mais difícil atingir as estrelinhas de felicidade no céu aberto que é o Casamento.
E este, foi o dia do nosso, há precisamente sete anos atrás:

 
 



 
 


 
 
 





E que continuemos assim, sempre a olhar para cima, e sempre no mesmo sentido!


 

5 comentários:

  1. Parabéns!
    As fotos do casamento mostram mesmo a felicidade dos noivos :)
    É sempre bom ler os seus textos cheios de positivismo e muita realidade (a nossa vida tem que ser uma festa, mas também temos alguns dissabores)!
    Beijinhos

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    1. Obrigada Sumpimpona, adoro os seus comentários ;) beijinho grande

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  2. Que grandes dicas! Eu só estou casada há 1 ano, por isso vou tomar muito em conta o que dizes :)
    Ah, e continua a ser feliz. Sempre!

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  3. Fotos lindíssimas!
    Concordo com tudo.
    Apesar de não ter casado no papel, tenho um relacionamento de 12 anos e é mesmo isto. Amarmo-nos, amar o próximo, ceder, elogiar...
    Ás vezes estamos tão cansadas por causa do trabalho, dos filhos, etc... mas temos que ter seeempre um tempinho para nós.

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  4. Obrigada Andorinha e Xica Maria pelos vossos comentários tão queridos <3 <3

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