quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A Vida e o Mar

Cresci a ouvir este ditado: A vida é como o mar. Tudo o que fazemos de bom, ela traz-nos de volta. Se a tratarmos  menos bem, mais cedo ou mais tarde o mal vem ter connosco.
Desde a onda gigante que a semana passada assolou a nossa cidade (passei lá 10 minutos depois e o cenário era devastador), cada vez vejo mais lixo na praia e mesmo na marginal, junto ao mar. É indescritível o que o mar nos traz de volta. Sucata, lenha, boiões vazios, e outros objectos surreais, que vivem no mar por nossa causa.
Na verdade, o mar é um boomerang. Tudo o que lá lançamos, ele traz-nos de volta. Se o tratarmos mal, ele ganha sempre. Com o mar, como com a vida, não se brinca.
É por essas e por outras que tento sempre tratar bem quem me quer bem, dar valor às pessoas que fazem o bem e que me fazem bem a mim. E é também por essas e por outras que cada vez mais me afasto das pessoas que fazem o mal e que me querem assim-assim. Porque se não me afastar dessas pessoas que tratam mal a vida, ainda posso apanhar de ricochete com uma onda gigante de destroços.
Por isso, quero aprender a viver mais calma, mais serena, mais tranquila. Sem dar azo a tempestades, terramotos ou tsunamis. Quero aprender a meditar, a respirar, a sossegar. Quero aprender a viver num mar flat. Porque ondas gigantes não são, definitivamente, a minha praia. Quero aprender a viver em águas sempre transparentes, sem escuridão. Quero aprender a viver sem correntes marítimas nem brusquidão.
Muitas vezes é difícil, e parece uma tarefa quase impossível. Mas como tudo na vida, não custa tentar. Por isso vou começar a pensar duas vezes antes de desatinar, e a dar ainda mais valor à velha máxima do lar, doce lar. A verdade é que eu só tenho amor para dar.

Obrigada Mãe, por me ter ensinado que a Vida é mesmo como o Mar.

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