sábado, 6 de junho de 2015

(In)decisões

Decisões, indecisões, meias decisões...costuma dizer-me que mais vale uma má decisão do que uma indecisão. O problema é que eu nem uma má decisão tenho conseguido tomar!
Não sei se é das hormonas, se da ansiedade normal de quem se aproxima do fim da gravidez (nesta que faço 30 semanas), se do cansaço, mas a verdade é que o Zé Maria está longe de ter tudo organizado. A grande vantagem de ser mais um rapaz é que vai herdar (quase) tudo dos manos. Mas depois há sempre aqueles pormenores que tem de se tratar para cada um, como a sua primeira roupinha, os tons do quarto, até a posição do muda-fraldas, e mesmo a cor predominante do enxoval...ai...a verdade é que queria fugir um pouco aos azuis, mas não adoro cores modernas em recém-nascidos. Sou só eu? Já para não falar das dúvidas e dos medos que se apoderam de nós nesta fase de anseios. Será que também vai ser perfeitinho? Será que vai acontecer o mesmo que aconteceu ao Manel na altura do parto? Com quem será parecido? Será que nos vai dar noites mais tranquilas? Será que...será que...será que...assim têm sido as minhas madrugadas. Logo eu que nunca fui de ter insónias!
A verdade é que a seguir ao jantar o sono toma conta de mim, de manhã a pressa para sair dita que tem de ser assim, e onde fica o tempo para as decisões calmas e serenas? Tem de existir na nossa cabeça, pois claro. Serenidade é  o que mais precisamos nesta fase de incertezas. E mesmo que não se tornem logo em certezas, temos de manter a tranquilidade e a segurança que tudo vai acabar em bem.
Não sou a primeira nem serei a última grávida a passar por este turbilhão de emoções, em que num minuto estamos angustiadas, e no segundo seguinte estamos em êxtase! Onde tanto nos apetece chorar, como dar umas boas gargalhadas, sem nunca mais parar. Uma coisa é certa, já não queremos ouvir opiniões, sugestões, experiências e soluções. Queremos ir onde o coração nos levar, e onde a cabeça nos ajudar. Não podemos ter tudo, tudo, tudo pronto. A vida não é perfeita! Mas a graça está em tentar moldar todas as imperfeições. É aí que reside a garra, a força e esperança. Sim, mesmo quem tem dois empregos, um blog, uma casa para gerir e, mais importante do que tudo, dois filhos e meio consegue definir prioridades, passar à frente das inferioridades e tomar decisões importantes, (ainda que comecem por ser indecisões), na esperança sincera que não se tornem más decisões. E a verdade é que não me arrependo de nada do que fiz ou do que consegui até hoje. Nada! Bola para a frente, Francisca!
 
Mais ou menos redonda, menos ou mais indecisa, a verdade é que ainda há um longo caminho a percorrer, e a única hipótese aqui é a de vencer!
Fotografia by Brígida Brito Fotografia. Ansiosa para poder mostrar tudo!
 
 

1 comentário:

  1. Francisca, tambem estou gravida de 23 semanas do segundo rapaz e revi-me a 100% em todas as linhas deste texto! Por um lado, tambem por ja ter quase tudo, o desleixo e muito (sinto ate remorsos por isso, sera que por ser o segundo o entusiasmo e outro?) Por outro lado ha sempre varias coisas q e preciso fazer, vejo o tempo a passar e ansiedade de nao ter nada preparado comeca aparecer. Uns dias apetece-me fazer tudo, noutros nao apetece fazer nada... Sinto um misto de falta de vontade com indecisao tambem... Forca para nos e para todas as maes gravidas que se sentem assim! ;)

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