segunda-feira, 27 de julho de 2015

Arrumar a cabeça...e a casa!

Esta semana as hormonas da gravidez estão mais malucas que nunca. Ora me dá vontade de dar pulos de alegria por esta fase da minha vida, ora me apetece chorar como um bebé, com o medo a invadir-me e a ser mais forte do que a coragem. Às vezes parece que os pensamentos negativos tomam conta de mim...e se o Zé Maria não for perfeitinho? E se o parto correr mal? E se... Estou aqui nesta redoma a 4 e penso que por vezes não quero mudar nada na minha vida. Too late. Não sejas medricas Francisca - dizem as hormonas boas. Agarra-te à felicidade que um filho traz. Ao amor incontrolável. À sensação única de preenchimento avassalador do coração. Verdade, queridas hormonas boas, se com dois já me sinto assim, nesta ternura desmedida, nem quero imaginar quando forem 3!
Tenho lido bastante sobre o assunto, tenho-me informado acerca desta recta final, porque na verdade das outras duas vezes também me senti assim. E hoje ri-me sozinha com uma característica que pelos vistos é típica de todas as grávidas na fase final da gravidez, mas que me aconteceu especialmente neste fim-de-semana que passou. Agora que já tive luz verde para voltar a fazer vida normal (às 38 semanas o bebé já pode nascer sem problema nenhum), nos últimos dois dias não estive um minuto parada. Se o bebé tivesse nascido este fim-de-semana não me admirava nada. Uma necessidade inexplicável de arrumar a casa, foi o que senti. Lavar cortinas e almofadas, limpar gavetas, organizar caixotes inteiros de roupa, preparar o berço, tratar das malas, arrumar brinquedos, arranjar o jardim,  ui! Nem acredito em tudo o que já fiz (ou pedi para fazerem...). Lá bem no fundo, sinto que tenho de preparar bem o ninho, para que o nosso bebé se sinta feliz. E é esta necessidade atroz de deixar tudo pronto, como se nunca mais pudéssemos fazer nada, que me pôs a pensar. A Natureza é mesmo espectacular. Estas Mães Leoas arrasam qualquer lar. E conseguem pôr os homens com os cabelos no ar, com tanta arrumação, tanta despesa, tanta organização. Meu Deus, Francisca - ouvi eu -, tens de relaxar!
É fácil falar, mas isto de ser Mãe, de voltar a ter um ser indefeso sob as nossas asas, dá seriamente que pensar.  E se não nos sentirmos firmes, seguras e serenas no nosso ninho, parece que o nosso mundo pode desabar...




Tantas saudades que eu já tenho deste barrigão, que me continua a dar tantas alegrias: o milagre da vida!





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