domingo, 26 de junho de 2016

O eterno incontroverso

Não é por acaso que é património da Humanidade. São tantas as vezes que nem damos conta da beleza natural que nos assombra. Aqui tão perto.
O Douro é verde mistério. É sumo tingido de uva. É sombra de figueira madura. É vinha que perdura. O Douro cheira a compota de amora silvestre, a bagos suculentos e selvagens, a terra seca e pó fervendo, a vinho amadurecendo.
O Douro faz-nos sonhar, flutuando pelas águas turvas e ao mesmo tempo - sabe-se lá porquê -, límpidas de um rio que nos causa um enorme arrepio. 
O Douro faz-nos embarcar numa viagem no tempo, onde subimos para a carruagem que liga o Tua ao Pinhão, e que nos aquece a memória e o coração.
O Douro faz-nos lembrar bacalhau com azeite, tomate à dentada, pêssegos caídos na estrada.
O Douro é livre, é parte de nós, é matéria-prima, é essência do universo. 
O Douro não se explica. É, isso sim, algo que se vê. Que se cheira. Que se pisa. Que se sente.
O Douro é das famílias.
O Douro é dos amigos.
O Douro é de toda a gente.






















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