segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Isto de fazer anos...tem o que se lhe diga!

Um misto de emoções invade-me neste dia. Por um lado, é tão bom fazer anos! Estou e/ou falo com quem mais gosto, com quem me quer bem, de coração. É bom sentirmo-nos apaparicadas. É bom saber que há amigos antigos com quem podemos não falar todo o ano, mas que nunca se esquecem de nós, neste nosso dia. É bom bufar as velas do nosso bolo preferido (ainda que agora quem as bufa não sou eu..) É bom tirarmos o dia para nós. Fazer aquilo que mais gostamos. Ser egoístas uma vez ao ano. Pensar naquilo que tanto ansiamos fazer quando estamos tristes ou cansados. E fazê-lo neste nosso dia! Uma massagem relaxada, um lanche improvisado com amigas, um almoço caseiro em família! Uma simples ida às compras, um passeio de bicicleta a respirar o mar, porque não? Coisas simples, que nos fazem felizes. É isso que gosto de fazer neste meu dia.
Mas há sempre aquele sentimento de nostalgia que me invade neste dia. Uma saudade imensa de quem já não está, um vazio daquele tempo perdido que nunca vou recuperar. O medo do futuro. Do ano que me espera. Porque isto de fazer anos entre o Natal e a passagem de ano tem o que se lhe diga. Há sempre tempo para reflexão. No fundo, é um reset de uma vida nova que nos traz cada ano. Um reset das coisas más, mas um recomeçar das coisas boas, reciclando-as a cada dia que passa.
E depois há ainda aquele lado parvo e fútil das mulheres. O de achar que somos sempre umas miúdas, mesmo tendo a certeza que esse tempo já passou. Dou por mim admirada quando percebo que alguém é mais novo do que eu, tendo sempre achado, jurado até, que esse alguém tinha mais uma meia dúzia de anos do que moi même. É difícil de admitir, mas a verdade é que achamos que os anos só passam pelos outros. E que nós (falo agora das mulheres), somos para sempre umas crianças. Ainda que casadas, ainda que com filhos, rugas, preocupações e aflições.
São 33 anos mas, na verdade, sinto-me como se tivesse menos uma dezena deles. Dizem que os 30 são os novos 20. Pois muito bem, sejam bem-vindos os meus novos 23!
 
 
23, 33 ou 73, que a experiência dos anos me traga toda a serenidade que preciso para ser feliz!
 
 

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